A espondilite anquilosante (EA) é uma doença inflamatória crônica que acomete preferencialmente a coluna vertebral, podendo evoluir com rigidez e limitação funcional progressiva do esqueleto axial1.
HLA-B27 é um exame que verifica a presença de uma proteína chamada antígeno leucocitário humano B27 no sangue e é normalmente indicado para investigar o diagnóstico de espondilite anquilosante.
A radiografia e a tomografia computadorizada (TC) contribuem para a identificação de alterações estruturais crônicas e na ressonância magnética (RM) conseguimos ver melhor as alterações da doença ativa¹.
A entesopatia é uma inflamação que ocorre em regiões de inserção óssea de tendões, fáscias, cápsulas e ligamentos e é um dos principais sintomas da espondilite anquilosante¹.
Essa inflamação pode ser acompanhada por osteíte reacional (edema ósseo) e erosão associada a um processo de reparação tecidual durante o qual pode haver neoformação óssea com anquilose¹.
Quais articulações são mais acomitidas?
As articulações mais acometidas são as sacroilíacas e podemos identificar esclerose subcondral precoce e simétrica (terço inferior e anterior) e a coluna lombar e torácica apresenta acometimento ascendente¹.
A espondilite de Romanus pode ocorrer umaa erosão da face anterior dos cantos vertebrais, podemos indetificar a perda da concavidade anterior fisiológica dos corpos vertebrais (vértebra quadradda) e por fim, ossificação do ligamento longitudinal da coluna vertebral confere o aspecto típico de coluna em bambu¹.
Qual a relação da espondilite anquilosante e a dor no joelho?
Mesmo com a espondilite anquilosante comprometendo principalmente as articulações sacroilíacas, outras articulações também podem ser comprometidas, como na região cervical, torácica e lombar.
No entanto, em alguns casos, a espondilite anquilosante pode comprometer articulações periféricas, como, por exemplo, joelhos e pés.
Tratamento
O tratamento fisioterapêutico tem como objetivo preservar a mobilidade articular, principalmente da região sacroilíaca e lombar, e o mesmo vale para os casos que afetam o joelho.
Exercícios respiratórios também são bastante recomendados, principalmente em casos que afetam a região torácica.
Além disso, técnicas de analgesia podem ser usadas para o tratamento da dor, como, por exemplo: o uso do calor, TENS, infravermelho e ultrassom.
GELAIN, Marina Smiderle; GELAIN, Marco Antônio Smiderle; “Espondilite anquilosante – um guia prático de achados de imagem para o clínico”, p. 2-8 . In: In Anais do 13º Congresso Gaúcho de Clínica Médica [=Blucher Medical Proceedings, n.7, v.2]. São Paulo: Blucher, 2016.
ISSN 2357-7282, DOI 10.5151/medpro-xiiicgcm-1458524219 ︎
As fraturas faciais em crianças são raras e representam de 1 a 15% de todas as fraturas1. No entanto, esse tipo de lesão pode trazer sérias sequelas e necessita de cuidados precoces.
Vamos acompanhar um relato de caso por Alves et al., (2024), sobre um paciente pediátrico com fratura do osso frontal¹:
Paciente R.S.C., 12 anos, sexo masculino, normossistêmico, sofreu acidente automobilístico em março de 2023, compareceu à Unidade de Pronto Atendimento, apresentando trauma craniofacial devido colisão entre carro e muro, Glasgow 15, evoluiu com rebaixamento da consciência e quadro convulsivo, foi realizada intubação e transferência para o Instituto José Frota¹.
No exame tomográfico, foram observadas fraturas do teto e parede medial de órbita e parede anterior e posterior do osso frontal, foi mantida observação rigorosa da neurocirurgia, quando estabilizado o quadro neurológico e clínico, paciente foi submetido a abordagem cirúrgica em conjunto da neurocirurgia e cirurgia bucomaxilofacial¹.
Foi realizado acesso coronal bilateral, remoção de fragmentos do osso frontal, reconstrução externa com placas de osteossíntese do sistema 1.5 e reposicionamento dos fragmentos reconstruídos no osso frontal¹.
Fraturas faciais
Como observado no caso clínico, casos de fraturas faciais, principalmente em crianças, podem trazer complicações sérias. Em certos casos de fraturais faciais, há necessidade inclusive de intervenções cirúrgicas, como foi evidenciado no caso.
É de extrema importância encaminhar a criança para uma avaliação em serviços de emergência em casos de lesões faciais.
Osso frontal
O osso frontal é um dos ossos que formam a caixa craniana e é o único osso que forma a testa e na sua linha média anterior, entre as sobrancelhas, há uma ligeira depressão chamada glabela.
By Anatomography – en:Anatomography (setting page of this image), CC BY-SA 2.1 jp, https://ift.tt/M3w1f9q
Os ossos podem ser classificados como ossos planos, curtos, longos, irregulares e sesamóides, O osso frontal é classificado como um osso plano.
Considerações finais
Em casos de traumatismos cranianos na região frontal, o paciente pode apresentar complicações nos olhos e complicações neurológicas. Devido à gravidade, necessita de um atendimento rápido, dessa maneira deve-se chamar o SAMU o mais precoce possível.
Referência
Alves, N. C. G., Mendes, F. H. de O., Gondim, R. F., Menezes Junior, J. M. S., & Carvalho, A. C. G. de S. (2024). FRATURA DO OSSO FRONTAL EM PACIENTE PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO CLÍNICO: 1º LUGAR NA CATEGORIA FÓRUM CLÍNICO I . Brazilian Journal of Case Reports, 4(Suppl.11), 16. https://ift.tt/7pdiWj0 ︎
Segundo a Tasnim News Agency, pesquisadores na China identificaram um novo coronavírus (HKU5-CoV-2) em morcegos capaz de infectar humanos através do mesmo receptor usado pelo vírus responsável pela COVID-19.
O vírus recém-identificado pertence a uma linhagem do coronavírus HKU5 inicialmente descoberto no morcego pipistrelle (Japanese pipistrelle) em Hong Kong. Os pesquisadores descobriram que o vírus se liga ao receptor da enzima conversora de angiotensina humana 2 (ACE2) sendo o mesmo ponto de entrada usado pelo SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19.
Localização do receptor ACE2. Crédito:ttsz. iStock
Atualmente, não há casos relatados de infecções por HKU5-CoV-2 em humanos. No entanto, foi possível verificar que o vírus consegue infiltrar células humanas de maneira parecida com o SARS-CoV-2,
Outro ponto importante é que o HKU5-CoV-2 também compartilha semelhanças mais próximas com o MERS, um vírus com alta taxa de mortalidade, matando quase um terço dos infectados. Os ca
Em princípio, o joelho é formado por três articulações, sendo elas: tibiofemoral, patelofemoral e tibiofibular. Nesse sentido, o joelho é formado por ossos, como: fêmur, tíbia, fíbula e patela. Ademais, a dor no joelho é uma das principais causas que levam pessoas a procurarem pelo serviço de fisioterapia.
O que pode ser as dores no joelho?
De antemão, as lesões no joelho podem ter causas multifamiliares, podem estar relacionadas com a sobrecarga, inflamações, lesões ligamentares e alterações em nervos.
Dessa forma, é importante procurar um profissional de saúde qualificado para realizar uma avaliação e entender as causas da sua dor no joelho.
O que é bom para a dor no joelho?
Em princípio, o tratamento para a dor no joelho varia de pessoa para pessoa. Sendo assim, nem todo tipo de exercício ou medicamento são indicados para todos com dor no joelho.
No entanto, existem algumas técnicas que você pode realizar caso a dor esteja te atrapalhando muito, como, por exemplo:
TÉCNICA
DOR AGUDA
DOR CRÔNICA
Gelo
Aplicar por: 20-30 minutos.
Ajuda a diminuir a dor e o inchaço.
X
Calor
X
Aplicar por: 10 a 15 minutos.
Temperatura agradável para não gerar lesões na pele.
Quando devo procurar um médico?
Procure um médico caso você note a presença de dor difusa, inchaço, instabilidade articular ou se notar a presença de dor durante práticas esportivas.
Quais as causas mais comuns?
Sobretudo, como dito anteriormente, a causa da dor no joelho pode estar relacionada a diversas condições e a seguir discutiremos um pouco sobre cada uma delas.
Artrose de Joelho
Eventualmente, a osteoartrose acomete o aparelho locomotor, sendo o joelho uma das articulações mais afetadas por essa doença. A princípio, a artrose de joelho (osteoartrose) é uma doença articular degenerativa e progressiva, onde há a degradação da cartilagem articular1.
Síndrome da dor patelofemoral
Em princípio, é uma doença comum do joelho e geralmente afeta jovens e ativos fisicamente, sendo mais frequente em mulheres. A dor é um dos principais sintomas, onde a dor na parte anterior do joelho se agrava durante a caminhada, corrida, saltos, agachamentos, subidas e descidas de escada e durante a permanência por longos períodos na posição sentada¹.
O tratamento fisioterapêutico envolve principalmente o Treinamento de Força, para :
Fortalecimento dos músculos do quadril (abdutores e rotadores laterais)²;
Fortalecer a região do core².
Além disso, os alongamentos estáticos para isquiotibiais, trato iliotibial e gastrocnêmio também são frequentemente indicados¹.
Condromalácia Patelar
Antes de mais nada, a condromalácia patelar tem causa multifatorial, onde ocorre a degeneração da cartilagem articular da superfície posterior da patela e dos côndilos femorais correspondentes. Por consequência, gera dor intensa e limitação do movimento articular3.
Lesões de Meniscos
À primeira vista, temos dois meniscos, sendo eles: o menisco medial e o menisco lateral. Eventualmente, as lesões de menisco podem ocorrer devido a trauma ou até mesmo por conta de processos degenerativos.
Por Henry Vandyke Carter – Henry Gray (1918) Anatomy of the Human Body (See “Livro” section below)Bartleby.com: Gray’s Anatomy, Placa 349, Domínio público, https://ift.tt/7EbayOM. Adaptado e modificado.
Lesões de Cartilagem do Joelho
Acima de tudo, as cartilagens realizam um papel importante na absorção do impacto e diminuem o atrito durante o movimento articular. Devido a processos degenerativos, podemos encontrar lesões na cartilagem e essas lesões podem causar dor intensa.
O tratamento fisioterapêutico envolve fortalecimento muscular, alongamento, analgesia e o preparo para o retorno da função. Importante realizar os exercícios com acompanhamento de um profissional qualificado para não intensificar as lesões já presentes.
Referências
Souza, W. C., Sá, M. C. de, & Kokudai, R. L. N. (2023). ATIVAÇÃO MUSCULAR NO TRATAMENTO DA GONARTROSE: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Revista Saúde Dos Vales, 1(1). Recuperado de https://ift.tt/T9cnEB7 ︎
Araújo, Silva Patricia et al., (2016). EFEITOS DO TREINAMENTO DE FORÇA NA SINTOMATOLOGIA E NA FUNCIONALIDADE DE PESSOAS ACOMETIDAS PELA SÍNDROME DA DOR PATELOFEMORAL: UM ESTUDO DE REVISÃO ︎
SANTOS, L. A. F. dos .; RONCONI, M. .; THOMAZINE, G. R. Abordagem da condromalácia patelar: Uma revisão integrativa da literatura. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 12, p. e34121243904, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i12.43904. Disponível em: https://ift.tt/1wG2bla. Acesso em: 23 fev. 2025. ︎
Antes de tudo, lesões por esforço repetitivo (LER) são caracterizadas como um grupo de doenças causadas por movimentos repetitivos¹. Contudo, muitas das vezes, a dor no punho pode ser consequência desses movimentos repetitivos.
Desse modo, esse tipo de lesão é muito comum de ocorrer em trabalhadores das mais diferentes profissões (DORT/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). Ou seja, isso ocorre por posições ergonomicamente incorretas, contribuindo para lesões de estruturas do sistema tendíneo, muscular e ligamentar¹.
Exercícios para aliviar a dor no punho
Em primeiro lugar, elaborei alguns exercícios gerais que você pode realizar diariamente para manter a saúde dos seus punhos em dia. Ainda mais, vale ressaltar que o material não substitui o atendimento com um profissional de saúde. Em caso de qualquer sintoma, procure um médico ou um fisioterapeuta para uma correta avaliação. Assine o blog gratuitamente e receba todo exclusivo no seu email.
A dor no punho é um sintoma bastante recorrente nos consultórios e clínicas de Fisioterapia. Sua origem ocasionalmente se relaciona com lesões por esforço repetitivo em decorrência das atividades nos ambientes de trabalho.
Só para exemplificar, a sinovite, a tendinite, a tenossinovite e a síndrome do túnel do carpo são as lesões mais comuns na região do punho. Vamos entender um pouco sobre cada uma delas:
Sinovite
Em princípio, a sinovite afeta, geralmente, a região dorsal do punho, resultando em um aumento e erosão da membrana sinovial, distensão das estruturas capsulares e ligamentares, destruição da cartilagem e do osso subcondral, resultando em dor, deformidade e incapacidade funcional². Sobretudo, pode causar dor no punho, inchaço, rigidez e deformidades.
Só para exemplificar, na imagem ao lado temos um exemplo de uma articulação saudável e de uma articulação com inflamação da membrana sinovial.
Só para ilustrar, na primeira ilustração temos a indicação do osso (Bones), da membrana sinovial (Snovial membrane), da cartilagem (Cartilage) e por último a capsula articular. Ademais, todas as partes normais e sem alteração.
Em contrapartida, na segunda figura, podemos observar a presença de inflamação (inflammation), erosão da membrana sinovial (erosion). Ainda mais, podemos observar a presença de edema/inchaço (sweling).
Entretanto, apesar do tratamento conservador, muitos pacientes sofrem com o avanço da doença. Por isso, em alguns casos, necessitam de intervenções cirúrgicas a fim de melhorar a função do punho e da mão em muitos pacientes².
Tendinite
A tendinite de punho é uma lesão recorrente nos ambulatórios de fisioterapia sendo caracterizada pela dor no punho acompanhada de formigamento. Dessa forma, a tendinopatia consiste na inflamação de um ou mais tendões³. Pode ser consequência de movimentos repetitivos ou sobrecarga repetitiva, e pode estar relacionada ao ambiente de trabalho ou não.
No entanto, é muito comum em pessoas que digitam muito no computador, usam muito o mouse do computador ou em trabalhadores de linha de produção, ou montagem, que exigem movimentos repetitivos no trabalho.
Ademais, pessoas que trabalham como gamers possuem uma grande chance de desenvolver esse tipo de inflamação devido aos movimentos repetitivos e ao tempo de treinamento.
Do mesmo modo, pessoas que usam muito o celular também podem apresentar maiores chances de desenvolver tendinite como resultado do uso excessivo e dos movimentos repetitivos.
Tenossinovite
A princípio, é uma inflamação da bainha dos tendões do extensor curto e do abdutor longo do polegar na altura do punho, produzindo constrição com a movimentação do punho. Ou seja, é uma doença que está relacionada ao trabalho e pode ser agravada por fatores ergonômicos que podem agravar os sintomas da doença³.
Em princípio, ocorre devido à compressão do nervo mediano em uma estrutura osteofibrosa através da qual passam o nervo mediano e os tendões dos flexores do punho. Além disso, uma posição que exija flexão prolongada do punho pode provocar inflamação dos tendões flexores, com consequente compressão do nervo mediano³.
Síndrome do túnel do carpo. Nervo mediano comprimido. Anatomia do túnel do carpo, mostrando o nervo mediano. – Ilustração em Alta Resolução
Mão, Punho, Osso carpal, Túnel – Estrutura Feita pelo Homem, Nervo Médio / Feito por Sakurra via iStock.
Síntomas da síndrome do túnel do carpo
Portanto, pessoas que sofrem com a síndrome do túnel do carpo podem enfrentar desconforto com a sensação dolorosa que pode acompanhar outros sintomas na região do punho, por exemplo: queimação, formigamento, fraqueza nas mãos e inchaço.
Todavia, é possível verificar outros sintomas em outras regiões do braço com a inflamação. De tal forma que queixas de dor, queimação e formigamento também se tornam frequentes.
Por fim, sensação de sudorese (sensação de suor nas mãos) e alterações de força também podem estar presentes.
Referências
[1] WESTPHAL , Camila Michelle; GARCIA, Ítalo Ruami; GONÇALVES, Ariane Jamyle Rogério; VALENTE, Caroline. AURICULOTERAPIA: TRATAMENTO COMPLEMENTAR EM ATLETAS COM LESÃO DE ESFORÇO REPETITIVO – ESTUDO PILOTO. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, [S. l.], v. 27, n. 5, p. 2474–2494, 2023. DOI: 10.25110/arqsaude.v27i5.2023-022. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/9808. Acesso em: 22 fev. 2025.
[2] Caetano EB, Vieira LA, Andrade AM de, Cavalheiro CS, Razuk Filho M. Mão reumatoide: um caso de sinovite crônica associado às rupturas tendinosas. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 31º de março de 2017 [citado 22º de fevereiro de 2025];19(1):40-2. Disponível em: https://ift.tt/aR7nVzw
[3] Soares CO, Pereira BF, Gomes MVP, Marcondes LP, Gomes FC, Melo-Neto JS. Preventive factors against work-related musculoskeletal disorders: narrative review. Rev Bras Med Trab.2019;17(3) DOI:10.5327/Z1679443520190360:415-430
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) tem como uma de suas finalidades estimular o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo no ensino superior. Com isso, começam a surgir metodologias inovadoras, como, por exemplo, a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), que foi adotada por diferentes universidades ao redor do mundo¹.
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) também possuem o foco na evolução do ensino, principalmente, em cursos de graduação na área da Saúde. Contudo, é possível encontrar alguns elementos que podem prejudicar a adaptação às novas técnicas de ensino em cursos superiores¹, confira alguns deles:
A carência de capacitação docente no país¹;
A ausência de capacitações didático-pedagógicas¹;
A aversão de alguns discentes em relação às metodologias ativas, uma vez que se sentem habituados à aula expositiva tradicional¹.
Para aumentar a eficiência das metodologias ativas, é necessário capacitar professores e preceptores para o modelo a ser adotado, de modo que estejam familiarizados com o método, aprimorando sua capacidade de questionamento, discussão e, finalmente, adequando-o à realidade da universidade².
Pontos positivos da metologia ativa
O uso de metodologias ativas ajuda a aumentar as formas de ensinar e aprender, além disso, conseguimos demonstrar problemas e contextualização dos temas abordados nas aulas. A metodologia ativa também permite a utilização de ferramentas tecnológicas em sala de aula¹.
Conheça alguns tipos de metologias ativas
Metodologia
Objetivo
Aprendizagem baseada em problemas
O aluno desenvolve conceitos por meio de desafios.
Gamificação
A utilização de jogos como ferramenta educativa.
Ensino híbrido
Combina atividades presenciais e a distância.
Estudo de caso
Utiliza exemplos reais para despertar reflexões.
Aprendizagem baseada em projetos.
Trata-se da realização de projetos.
Sala de aula invertida
Os alunos estudam em casa e debatem o tema em sala de aula.
Aprendizagem baseada em competências
Ensino com demonstração dos resultados desejados.
Seminários e discussões
Realização de seminários, projetos e projetos para gerar discussões.
Aprendizagem entre pares e times
Envolve a realização de trabalhos em grupo ou em pares.
Considerações finais
As metodologias ativas permitem ampliar as formas de transmitir o conhecimento, levando o aluno para um ambiente mais prático do que teórico. Dessa forma, conseguimos desenvolver no aluno o pensamento crítico, reflexivo e científico.
Sendo assim, é possível preparar os estudantes para o mercado de trabalho, capacitando-os para poderem se destacar na profissão.
[1] BRESSAN, Mariana Aparecida; COUTO, Ana Thalita Santana; ZUCCHI, Fabíola Cristina Ribeiro; BARONEZA, José Eduardo. Metodologias ativas no ensino de Saúde: devemos considerar o ponto de vista dos alunos?. Revista Docência do Ensino Superior, Belo Horizonte, v. 11, p. 1–20, 2021. DOI: 10.35699/2237-5864.2021.23806. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/23806. Acesso em: 22 fev. 2025.
[2] Leitão, L. M. B. P., Vianna, I. C., Delmiro, A. L. do C., Cruz, J. P. L. da, Motoyama, P. V. P., Teixeira Filho, M. S., & Bessa, O. A. A. C. (2021). Metodologias ativas de ensino em saúde e ambientes reais de prática: uma revisão. Revista De Medicina, 100(4), 358-365. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v100i4p358-365
A Auriculoterapia é uma prática antiga que se baseia principalmente na Medicina Tradicional Chinesa e consiste em estimular pontos reflexos na orelha.
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Estimulação de pontos reflexo
A estimulação de pontos reflexos pode ser feita com sementes, esferas metálicas, agulhas semipermanentes e filiformes1.
Essa estimulação é feita seguindo um mapa que detalha os pontos e cada ponto corresponde a uma área específica do corpo humano. O mapa é semelhante aos mapas de outras partes do corpo usados nas práticas de reflexologia e iridologia2.
O que diz a ciência sobre a auriculoterapia?
A auriculoterapia é considerada uma pseudociência e estudos envolvendo esse tipo de terapia ainda são bastante escassos. Essa técnica gera debates entre os profissionais de saúde, principalmente a eficácia da técnica. Isso ocorre principalmente por conta das divergências e da falta de estudos envolvendo a técnica.
Em uma revisão integrativa conduzida por Martim (2019), verificou-se que a auriculoterapia pode reduzir o uso de medicamentos e os efeitos colaterais advindos dos mesmos3.
Em um estudo clínico conduzido por Morais et al (2023) que avaliou os benefícios da terapia na diminuição da dor crônica na coluna vertebral em profissionais da saúde, observou-se que a técnica ajudou a diminuir o uso de medicamentos por parte dos trabalhadores investigados4.
Além do estudo de Morais et al (2023), foi possível notar que a auriculoterapia pode diminuir a intensidade da dor relatada pelos trabalhadores.
Considerações Finais
Mesmo com poucos estudos na área e com resultados ainda sendo bastante divergentes, é de extrema importância ampliar os estudos para se ter uma maior evidência científica sobre a auriculoterapia.
No entanto, é possível encontrar estudos que apresentam resultados positivos da técnica para o tratamento da dor. Além disso, a técnica ainda pode ser usada para tratar outros tipos de problemas de saúde, como ansiedade, depressão, distúrbios do sono e até mesmo para ‘parar de fumar’.
Entretanto, ainda não foi possível identificar estudos que realmente demonstram a eficácia da terapia para auxiliar a pessoa a parar de fumar.
Fisioterapia e Auriculoterapia
Os estudos que envolvem o tratamento da dor, a auriculoterapia, têm demonstrado ser importante principalmente para a redução da intensidade da dor. Dessa forma, é possível dizer que a técnica pode ser uma boa opção para complementar o tratamento e a reabilitação dos pacientes.
Assim como qualquer técnica na saúde, a auriculoterapia também tem contraindicações e necessita ser aplicada por um profissional qualificado, principalmente porque a técnica necessita de uma aplicação correta nos pontos reflexos.
Confira um vídeo (ou clique aqui para abrir o vídeo em uma nova aba) para complementar o entendimento sobre a Auriculoterapia:
Reprodução: Saps Secretaria de Atenção Primária à Saúde
Finkler, R. U., & Martim, M. S. (2019). Eficácia da auriculoterapia na dor no ombro – uma revisão integrativa. Revista Interdisciplinar De Promoção Da Saúde, 2(1), 56-60. https://ift.tt/XkqAemC ︎
Morais BX, Munhoz OL, Moreira CHC, Kurebayashi LFS, Lopes LFD, Magnago TSBS. Auriculotherapy for reducing chronic spinal pain in health workers: a clinical trial. Rev. Latino-Am. Enfermagem. https://doi.org/10.1590/1518-8345.6641.3954 ︎